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Banco reduz crédito a incorporador com recurso da poupança

Com a diminuição da poupança como fonte de crédito imobiliário, bancos estão priorizando financiamentos para pessoas físicas e incorporadoras com taxas de mercado. Este cenário resulta em custos mais altos para as construtoras e uma queda significativa na participação da poupança nos financiamentos.

Encolhimento da poupança impacta crédito imobiliário

O encolhimento da poupança, principal fonte de recursos para o crédito imobiliário, força os bancos a priorizarem a concessão de empréstimos a pessoas físicas, reduzindo o financiamento para incorporadoras.

Entre janeiro e abril, apenas 11% do total de R$ 51 bilhões em crédito imobiliário foi destinado à construção, o menor percentual desde 2002, segundo dados da Abecip. Em 2016, a fatia era de 20% a 27% e, em 2005, atingiu 59%.

As operações com pessoas físicas cresceram 20,4% para R$ 45,25 bilhões, enquanto o financiamento à construção caiu 48,6%, para R$ 5,7 bilhões.

Apenas 5,3% dos financiamentos imobiliários da Caixa foram destinados à construção. No Itaú e no Bradesco, as parcelas foram de 8,8% e 11,9%, respectivamente. O Santander não utiliza mais recursos da poupança para projetos de obras.

Com a diminuição do financiamento via SBPE, as incorporadoras enfrentam custos mais altos. A poupança, por ser direcionada ao crédito imobiliário, oferece taxas mais baixas do que o mercado. As empresas também buscam alternativas como fundos imobiliários e certificados de recebíveis imobiliários (CRI).

A caderneta registrou resgates de R$ 38,9 bilhões no primeiro quadrimestre. Em 2022, 40% do funding imobiliário era oriundo da poupança; em 2024, caiu para 32%.

A Caixa prioriza financiamento a pessoas físicas devido ao ciclo de produção mais curto. O Itaú mantém o uso da poupança para ambos os segmentos, enquanto o Bradesco continua oferecendo o Plano Empresário.

O momento atual é de custos pressionados, influenciados pela alta de juros e pela demanda forte. As instituições estão buscando o equilíbrio entre as necessidades das pessoas físicas e jurídicas

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