HOME FEEDBACK

Banco reduz crédito a incorporador com recurso da poupança

Mudança no financiamento imobiliário: bancos priorizam crédito para pessoas físicas em meio à escassez de recursos da poupança. Participação das incorporadoras nas operações de crédito cai para níveis históricos, refletindo a pressão aumentada sobre custos e novas estruturas de financiamento.

Encolhimento da poupança leva bancos a priorizar crédito para pessoas físicas e mudar financiamento de incorporadoras.

Com apenas 11% do total de R$ 51 bilhões em operações de crédito imobiliário entre janeiro e abril de 2023 destinado à financiamento à construção, a menor parcela desde 2002, os bancos estão ajustando suas estratégias.

O financiamento à construção caiu 48,6%, enquanto operações com pessoas físicas cresceram 20,4%.

Sandro Gamba, presidente da Abecip, afirma que incorporadores que antes recebiam financiamento da poupança vão diminuir sua participação. O dinheiro da poupança agora é direcionado majoritariamente para a compra de imóveis.

  • Na Caixa, 5,3% dos recursos foram para construção.
  • No Itaú, 8,8% e no Bradesco, 11,9%.
  • O Santander já não utiliza recursos da poupança para projetos de obras.

A retirada de recursos da poupança também tem elevado os custos para incorporadoras, que agora buscam financiamento no mercado de capitais e outras estruturas com juros atrelados ao CDI.

O financiamento baseado em recursos da poupança caiu de 40% em 2022 para 32% em 2024. Apesar da diminuição, a poupança ainda é importante para o financiamento de pessoas físicas.

Instituições financeiras, como o Santander e a Caixa, estão priorizando recursos para pessoas físicas, considerando o impacto no mercado imobiliário. Isso tem levado a um aumento na flexibilidade e opções de financiamento para incorporadoras.

Com a alta nos juros e resgates na poupança, os bancos enfrentam um momento de custos pressionados, tendo que equilibrar financiamento para construção e para a compra de imóveis.

Leia mais em valoreconomico