Banco Mundial reduz previsão de crescimento global a 2,3% em 2025
A previsões de crescimento da economia global e da América Latina são revisadas para baixo devido a tarifas americanas e guerra comercial. O Brasil e o México são os mais impactados, enquanto a Argentina apresenta sinais de recuperação.
Aumento das tarifas americanas afeta o crescimento global e da América Latina, que deve ser de 2,3% em 2023, 0,4 pp menos do que o previsto em janeiro, segundo o Banco Mundial.
No relatório, a organização também destaca que o crescimento na América Latina e no Caribe ficou 0,2 pp abaixo das expectativas. Em 2026, a previsão é de estabilização em 2,5%.
Segundo o economista-chefe, Indermit Gill, "a economia global parece caminhar para nova turbulência". Se a situação não for corrigida, as consequências para os padrões de vida poderão ser significativas.
Estados Unidos e guerra comercial entre Washington e Pequim são citados como causas do impacto, o qual pode desacelerar o comércio global. Apesar de o Banco Mundial descartar uma recessão em 2023, alerta para um crescimento médio mais fraco desde os anos 1960 durante a década de 2020.
No México, as exportações devem crescer apenas 0,2% neste ano, impactadas por tarifas de 25% sobre importações não cobertas pelo T-MEC. O Brasil terá um crescimento previsto de 2,4% em 2025.
Por outro lado, a Argentina prevê crescimento de 5,5% em 2023, impulsionado pelos setores de agricultura, energia e mineração.
As previsões de crescimento para outros países incluem:
- Colômbia: 2,5%
- Chile: 2,1%
- Peru: 2,9%
- Brasil: 2,4% em 2025
- Argentina: 5,5% em 2023
O Banco Mundial alerta para a manutenção da inflação sob controle e a dificuldade de reduzir taxas de juros, já que altas taxas desestimulam consumo e investimento. Riscos adicionais incluem uma possível queda no crescimento das economias dos Estados Unidos e China.