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Banco Mundial corta estimativa de crescimento para o Brasil em 2025 e destaca incertezas

Banco Mundial reavalia crescimento do Brasil e da América Latina, apontando um cenário pessimista até 2025. Fatores como incertezas globais e políticas comerciais dos EUA são destacados como principais influenciadores das novas projeções.

O Banco Mundial revisou a previsão de crescimento econômico do Brasil para 2025, reduzindo de 2,2% para 1,8%.

Além disso, a expectativa de crescimento para América Latina e Caribe foi ajustada de 2,5% para 2,1%, sendo o mais lento do mundo. Fatores como:

  • Atraso nas reduções das taxas de juros em economias desenvolvidas;
  • Preocupações com restrições ao comércio global;
  • Desaceleração do crescimento na China;
  • Cortes na assistência ao desenvolvimento.

Para o México, a previsão caiu de 1,5% para 0%. A Argentina deve crescer 5,5% em 2022, um aumento em relação à previsão de 5%.

O vice-presidente do Banco Mundial, Carlos Felipe Jaramillo, destacou a necessidade de os países recalibrar suas estratégias e promover reformas. A relação dívida/produção na região subiu para 63,3% em 2021, comparado a 59,4% em 2019.

William Maloney, economista-chefe do Banco Mundial, enfatizou a importância do comércio e do investimento estrangeiro direto para acelerar o crescimento, além de mencionar oportunidades com o "near-shoring".

Nesta semana, o FMI também diminuiu suas estimativas de crescimento para o Brasil em 2025 e 2026 para 2%, um corte de 0,2 ponto percentual. O Ministério da Fazenda projeta 2,3% para 2023 e 2,5% para 2026.

Os analistas acreditam que a produção agrícola forte sustentará a economia no início do ano, mas haverá desaceleração devido à inflação e à política de juros restritiva.

O FMI destacou que as tarifas do presidente dos EUA impactaram negativamente o crescimento, afetando o Brasil com uma tarifa padrão de 10%. Para a região, a projeção foi reduzida para 2% em 2025 e 2,4% em 2026.

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