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Banco da Amazônia comprou R$ 40 milhões em títulos sem garantia do Banco Master

Banco da Amazônia investe R$ 39 milhões em títulos de risco do Banco Master, levantando preocupações no setor financeiro. As operações ocorrem em meio a negociações de venda da instituição e incertezas sobre a cobertura dos investimentos.

Banco da Amazônia faz investimentos polêmicos no Banco Master

O Banco da Amazônia, controlado pelo governo federal, investiu R$ 39 milhões no Banco Master em 2023, adquirindo títulos com alto risco e sem a garantia do Fundo Garantidor de Crédito (FGC).

As operações incluíram a compra de R$ 25 milhões em letras financeiras em abril e R$ 15 bilhões em junho. O banco estatal defendeu as operações como alinhadas com suas políticas e normas. No entanto, a compra de títulos com classificação inferior a A, sendo o Master classificado como BBB pela Fitch, gerou preocupações.

Além disso, uma negociação para que o Banco Regional de Brasília (BRB) adquira parte do Master está em andamento, mas ainda não se sabe quem honrará os compromissos do Basa.

A situação é complexa, com o BRB selecionando ativos e a negociação atraindo a atenção de bancos privados e do Banco Central. Os títulos do Master têm vencimentos nos próximos dois anos.

Em contexto similar, fundos de pensão também compraram letras do Master sem FGC. Problemas internos no Banco Master foram revelados por meio de uma operação cancelada, que envolvia R$ 500 milhões em letras financeiras destinadas à Caixa. Essa operação foi brecada por alertas de risco e resultou em demissões.

Até o final de 2023, o Banco Master tinha R$ 2,1 bilhões emitidos em letras financeiras, um aumento considerável em um curto espaço de tempo, o que levou a um maior controle por parte do Banco Central.

A norma que aumentou as restrições à captação via CDBs foi estabelecida em dezembro de 2023, em resposta à crescente emissão de títulos, que utilizava a segurança do FGC como atração.

No total, em dezembro de 2024, o Banco Master reportou R$ 49 bilhões em CDBs, quase a metade do total do FGC, que é de R$ 132 bilhões.

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