Banco Central estuda alternativa à poupança para financiar casa própria, diz Galípolo
Banco Central busca alternativas de financiamento para a casa própria em meio à queda da caderneta de poupança. Novo modelo pretende garantir acesso ao crédito imobiliário com taxas sustentáveis, especialmente para a classe média.
Presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, anunciou que a instituição estuda uma nova estrutura de financiamento para a casa própria, devido à queda da caderneta de poupança como principal fonte de crédito imobiliário.
Durante a Febraban Tech 2025, ele afirmou: "Temos uma queda estrutural, real e nominal, na caderneta de poupança". Galípolo destacou que a remuneração da poupança não compete com alternativas atuais.
O Banco Central e o sistema financeiro estão criando alternativas de financiamento, com captação no mercado financeiro. Galípolo não divulgou mais detalhes. A Caixa Econômica Federal, representada por Carlos Vieira, afirmou que segue diretrizes regulatórias e há diálogo com o BC sobre "operações mais estruturantes".
- A Caixa pede ao governo opções para financiar a casa própria.
- Uma proposta é a diminuição do recolhimento compulsório de 20% para 15%, podendo liberar entre R$ 70 bilhões e R$ 80 bilhões para o setor.
Com o esgotamento da poupança, LCIs (Letras de Crédito Imobiliário) emergem como alternativas, totalizando R$ 427 bilhões. Contudo, a isenção de Imposto de Renda proposta pode encarecer o crédito.
A expectativa é que a reformulação preserve o acesso ao financiamento com taxas sustentáveis, especialmente para a classe média. Apesar do aumento na taxa de financiamento, a intenção de compra de imóveis permanece em bom patamar.
Porém, a alta taxa de juros traz receios aos compradores, impactando a confiança no setor, segundo pesquisa da Abrainc e Deloitte. A entrada da classe média no Minha Casa, Minha Vida é vista como uma oportunidade para o mercado.