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Balanços de Bradesco e Santander mostram que vaivém do IOF afetou risco sacado

A incerteza sobre a cobrança do IOF gerou uma queda significativa na demanda por risco sacado, impactando as operações de bancos como Bradesco e Santander. Com a suspensão da medida, espera-se que as concessões de crédito se normalizem.

Impacto do IOF nos bancos brasileiros

Os primeiros balanços do segundo trimestre mostram os efeitos da discussão sobre a cobrança do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) na linha de risco sacado, usada para antecipação de recebíveis.

O CEO do Bradesco, Marcelo Noronha, afirmou que o banco deixou de fazer R$ 7 bilhões em operações de risco sacado devido à expectativa de cobrança do imposto, que não se concretizou. As empresas migraram para outras modalidades de desconto de recebíveis.

O Santander confirmou o impacto, com seu presidente mencionando uma “redução brutal” na demanda por risco sacado, embora não tenha revelado números.

O Banco Central já havia alertado para os efeitos: empresas se anteciparam à tributação em maio, captando recursos no risco sacado, enquanto outras buscaram alternativas como capital de giro.

A cobrança de IOF foi publicada em decreto em 22 de maio, incluindo o risco sacado. Após reações negativas, o Congresso derrubou a medida em 27 de junho, e o Supremo Tribunal Federal (STF) restabeleceu parcialmente o decreto em 16 de julho, excluindo a cobrança sobre o risco sacado.

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