B3 exclui Azul do Ibovespa e de outros índices após pedido de recuperação judicial
Azul será removida dos índices acionários da B3 após pedido de recuperação judicial nos EUA. A empresa enfrenta reestruturação financeira com apoio de parceiros estratégicos e busca recuperação no mercado.
B3 Retira Azul de Índices
A B3 anunciou a retirada da Azul de todos os índices acionários, incluindo o Ibovespa, a partir do fechamento do mercado em 29 de setembro.
Os papéis da companhia serão excluídos ao preço do fechamento do pregão regular. A participação será redistribuída proporcionalmente aos demais integrantes da carteira.
As ações da Azul, agora na categoria de "outras condições", poderão ser negociadas normalmente.
A decisão segue o pedido de recuperação judicial da companhia nos EUA (Chapter 11), prática comum em tais situações. O mesmo ocorreu com a Gol no ano passado.
Na tarde de quinta-feira, as ações da Azul caíram 2,8% a R$ 1,04, enquanto os recibos (ADRs) na Bolsa de Nova York caíram mais de 40%, suspensos a US$ 0,29.
Em janeiro, a Azul assinou um memorando com a Abra, dona da Gol, visando uma possível fusão, sujeita à aprovação do Cade e da Anac.
Com o Chapter 11, a Azul está reestruturando suas operações. O CEO John Rodgerson afirmou que o processo será rápido, contando com um acordo pré-assinado entre credores e dois novos sócios: United e American Airlines.
Rodgerson destacou que levantar US$ 1,6 bilhão com o pré-acordo foi essencial para lidar com a dívida da companhia. A entrada de novos sócios ocorrerá após a recuperação financeira nos EUA, com cada um aportando entre US$ 100 milhões e US$ 150 milhões.
O setor aéreo continua a sofrer os efeitos da pandemia de Covid-19. Até agora, a Azul era a única das grandes companhias brasileiras a não ter solicitado Chapter 11.