B3 deve ser uma das instituições mais impactadas por alta em CSLL, estima Itaú BBA
Analistas do Itaú BBA avaliam que a B3 e outras instituições financeiras sofrerão impactos diretos com a nova alíquota da CSLL. A proposta ainda está sujeita a alterações no Congresso Nacional, mas pode afetar a lucratividade das empresas do setor.
A B3 (B3SA3) é uma das empresas mais afetadas pela Medida Provisória 1.303, que aumenta a alíquota da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) para instituições financeiras, segundo analistas do Itaú BBA.
A MP, publicada na quarta-feira, visa compensar a redução da arrecadação pública após mudanças no Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
As novas alíquotas de CSLL são:
- 15% e 20% para algumas instituições
- Em comparação com taxas anteriores de 9% e 15%
Os analistas afirmaram que a mudança reduz as asimetrias tributárias e aumenta a arrecadação:
“O impacto no lucro será mais pronunciado na:
- B3 (-7%)
- Nubank (-6%)
- PagSeguro (-4%)
- Stone (-3%)
Os bancos sofrerão impactos em suas subsidiárias IP ou SCFI, com impactos diretos mínimos para XP e BTG.
Além disso, a MP introduz uma nova alíquota de 17,5% de Imposto de Renda sobre rendimentos de aplicações financeiras, reduzindo taxas anteriores.
Novos títulos que eram isentos terão 5% de IR sobre rendimentos, e pessoas físicas que recebem juros sobre capital próprio pagarão 20% de IR.
Apesar dos aumentos, a equipe do Itaú BBA observou que a redução de aumentos propostos para o IOF sobre operações de crédito é benéfica para o fluxo de crédito.