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AZUL4 e GOLL4: Na casa dos R$ 1, valor da ação da Gol supera da Azul; o que explica?

Gol e Azul apresentam trajetórias opostas na bolsa, com a primeira vendo ações dispararem após notícias de recuperação judicial, enquanto a segunda enfrenta rebaixamento de crédito e queda significativa nos papéis. A situação da Azul, sem recorrer à recuperação judicial até agora, levanta especulações sobre suas finanças e a possibilidade de buscar ajuda no futuro.

Ações das companhias aéreas brasileiras apresentam desempenhos opostos nesta quarta-feira (21).

Os papéis da Gol (GOLL4) dissparam 16,7%, cotados a R$ 1,19, após a empresa prever saída do processo de recuperação judicial nos EUA, Chapter 11, em junho. Na véspera, a ação já havia registrado alta.

Por outro lado, as ações da Azul (AZUL4) recuaram 4,62%, negociadas a R$ 1,03, depois que a S&P rebaixou seu rating de crédito de “CCC+” para “CCC-”. O rebaixamento aumenta o risco de inadimplência.

A Gol anunciou que o juiz da recuperação judicial aprovou seu plano de reestruturação, deixando a empresa com cerca de US$ 900 milhões em liquidez e uma alavancagem financeira projetada para cair de 5,4 vezes para 2,7 vezes até o final de 2027. A Gol precisa agora da aprovação de acionistas para um aumento de capital bilionário entre R$ 5,34 bilhões e R$ 19,25 bilhões.

As ações da Azul têm enfrentado forte volatilidade. A agência S&P destacou que a liquidez apertada da Azul aumenta o risco de inadimplência, apesar da dívida de R$ 730 milhões a vencer em 12 meses.

A Azul registrou um prejuízo líquido ajustado de R$ 1,82 bilhão no primeiro trimestre, muito acima do resultado de R$ 324 milhões um ano atrás. A companhia continua como a única aérea sem recorrer à recuperação judicial, mas especulações sobre esta possibilidade estão crescendo.

Com a piora da situação financeira, a recuperação judicial nos EUA voltou a ser considerada por Azul e seus credores; a alavancagem financeira da companhia subiu de 3,7 para 5,2 vezes.

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