HOME FEEDBACK

Azul recebe financiamento emergencial de US$ 250 mi

A Azul já recebeu US$ 250 milhões de um aporte emergencial no processo de recuperação judicial e planeja concluir a reestruturação até o início de 2026. A empresa busca manter a operação normal, mesmo com a redução de 35% em sua frota, e espera maior apoio financeiro do governo para estabilizar suas atividades.

Azul recebe US$ 250 milhões do aporte emergencial

O vice-presidente Institucional e Corporativo da Azul, Fabio Campos, anunciou na sexta-feira (30.mai.2025) que a companhia já recebeu US$ 250 milhões do pacote de financiamento DIP do processo de recuperação judicial (Chapter 11). O valor total do financiamento pode chegar a US$ 1,6 bilhão.

A empresa teve seu primeiro dia de audiência na quinta-feira (29.mai.2025) e pediu autorização para operar normalmente. A Azul poderá receber até US$ 950 milhões de credores e parceiros para reforçar sua posição financeira.

O aporte será liberado em três partes ao longo das audiências. A segunda audiência está agendada para 9 de julho, dando início ao plano de saída do processo.

A Audiência de Confirmação, que avaliará a aprovação do plano pela Corte norte-americana, ainda não tem data definida. Campos acredita que a Azul concluirá o processo até o final do ano.

A Azul anunciou em 28 de maio a redução de 35% em sua frota e revisou suas previsões de receita após registrar prejuízo de R$ 1,8 bilhão no primeiro trimestre de 2025. O objetivo da diminuição da frota é melhorar a resiliência e reduzir riscos, conforme documento enviado à CVM.

Atualmente, a Azul opera com 184 aeronaves e espera finalizar o processo judicial entre o final de 2025 e o início de 2026. A companhia estima reduzir US$ 744 milhões em obrigações com arrendamentos entre 2025 e 2029.

Campos afirmou que as mudanças na malha aérea são parte da estratégia de atualização da empresa, sem cortes na malha ou demissões em massa. O vice-presidente destacou a falta de financiamento sustentável para o setor aéreo e o impacto negativo da pandemia nas operações da companhia.

A aprovação do Fundo Nacional de Aviação Civil em 2024 foi mencionada, mas Campos afirmou que a Azul ainda não recebeu nenhum recurso, o que influenciou a decisão pela recuperação judicial.

Com o pedido de recuperação, Campos indicou que uma fusão com a Gol se torna cada vez mais distante, com o foco da Azul voltado para a reestruturação da empresa.

Leia mais em poder360