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Azul (AZUL4): veja o que levou a companhia a pedir recuperação judicial

Azul protocolou recuperação judicial nos EUA após prejuízos e dificuldades financeiras. A medida surge em um contexto de queda acentuada nas ações e dívida crescente, afetando a operação da companhia.

A Azul (AZUL4) protocolou um pedido de recuperação judicial nos EUA, sob o Chapter 11, após registrar um novo prejuízo bilionário e enfrentar dificuldades financeiras. Antes disso, era a única grande companhia aérea do Brasil que não havia utilizado esse mecanismo após a pandemia.

Por volta das 7h50, as ADRs da companhia estavam em queda de 40%, cotadas a US$ 0,299.

A dívida da Azul atingiu R$ 31,35 bilhões no primeiro trimestre de 2025, uma alta de 50,3% em relação ao ano anterior. As ações acumulam queda de quase 70% em 2025 e de 89,4% nos últimos 12 meses.

A companhia depende da aprovação de até R$ 2 bilhões de financiamento governamental, cuja liberação foi adiada, e a oferta de ações ocorrida em abril arrecadou apenas R$ 1,6 bilhão, abaixo do esperado.

No primeiro trimestre de 2025, a Azul teve um Ebitda 2% inferior ao do ano anterior, com uma queima de caixa de R$ 313 milhões e posição de caixa reduzida a R$ 655 milhões.

A escassez de aeronaves e peças de manutenção, especialmente motores, afetou suas operações, resultando em uma perda de 3% na oferta de assentos.

A recuperação judicial conta com o apoio de credores e prevê um financiamento de US$ 1,6 bilhão para refinanciar dívidas e aportar novos recursos.

O CEO John Rodgerson afirmou que a reestruturação é uma decisão estratégica para otimizar a estrutura de capital da companhia.

No entanto, o Bradesco BBI rebaixou a recomendação das ações da Azul e alertou sobre a fraca adesão à oferta de conversão de dívidas, além da queima de caixa e dependência de garantias governamentais.

A S&P também rebaixou o rating de crédito da Azul, citando o aumento do risco de inadimplência, embora as obrigações de pagamento imediato sejam relativamente controladas.

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