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Azul anuncia emissão de ações preferenciais e pode levantar até R$ 4,1 bilhões

Azul busca reforçar seu caixa com emissão de até R$ 4,1 bilhões em ações preferenciais. A companhia também oferece bônus aos investidores que ampliarem suas participações na empresa.

Azul realizará oferta pública de ações preferenciais de até R$ 4,1 bilhões em meio a reestruturação financeira. O follow-on será primário, com novos papéis sendo emitidos.

O pedido foi registrado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e o lançamento está marcado para 23 de abril. O objetivo é reforçar o caixa e quitar despesas obrigatórias.

Serão emitidas 450,5 milhões de ações a R$ 3,58, com um prêmio de 17% sobre o fechamento de sexta-feira, quando a ação foi negociada a R$ 3,26, alta de 8,6%. Se houver demanda, o número pode subir para 697 milhões, levantando entre R$ 1,6 bilhão e R$ 4,1 bilhões.

O R$ 1,6 bilhão está destinado à equitização da dívida em dólar da Azul, com conversão de notas de 2029 e 2030 em ações preferenciais. A troca deve ser finalizada até 30 de abril.

Bônus para investidores: quem aumentar seu portfólio de ações da Azul terá um bônus adicional de subscrição.

A Azul, como outras aéreas brasileiras, enfrenta reestruturação para regularizar contas. Em janeiro, eliminou R$ 11 bilhões em dívidas e reduziu sua alavancagem de 4,8 para 3,4 vezes.

O governo federal renegociou a dívida da Azul com a União, reduzindo de R$ 2,8 bilhões para R$ 1,1 bilhão, a ser pago em até 120 vezes. Essa redução facilitou negociações avançadas com a Abra sobre uma possível fusão com a Gol, que pode resultar em uma empresa com 60% do mercado aéreo brasileiro.

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