Avanço evangélico perde força e outros 7 dados inéditos sobre religião no Censo 2022

Censo 2022 revela mudança nas religiões no Brasil

Os resultados preliminares do Censo 2022, divulgados pelo IBGE em 6 de junho de 2023, mostram que o crescimento dos evangélicos no Brasil perdeu força pela primeira vez desde 1960.

Dados principais:

• 26,9% da população se declara evangélica (47,4 milhões), um crescimento de 5,2 pontos percentuais desde 2010.
• Católicos caíram de 65% em 2010 para 56,7% em 2022, totalizando 100,2 milhões.
• Adeptos de umbanda e candomblé mais do que triplicaram, passando de 0,3% para 1%.
• Sem religião aumentaram de 7,9% para 9,3%, somando 16,4 milhões.
• Espiritismo sofreu leve queda: de 2,2% para 1,8%.

O Censo revela a maior diversidade religiosa da história do Brasil, com um aumento de outras religiosidades de 2,7% para 4%.

Desafios enfrentados

O Censo de 2022 teve atrasos por conta da pandemia e cortes orçamentários, dificultando a análise e a divulgação de dados.

Fatores do crescimento evangélico

A desaceleração é atribuída a:

• Disseminação das igrejas evangélicas.
• Decepção de fiéis com promessas não cumpridas.
• Crescimento dos "desigrejados", que não frequentam igrejas, mas ainda se consideram evangélicos.

Aumento de religiosidades afro-brasileiras

O crescimento de adeptos das religiões de matriz africana e do número de sem religião está vinculado ao fortalecimento da luta antirracista e à busca por uma religiosidade mais fluida.

Aumento entre jovens

Os jovens são predominantes entre os que se declaram sem religião, buscando novas formas de espiritualidade, influenciados por laços familiares plurais.

No geral, os dados do Censo 2022 apresentam um panorama complexo da mudança religiosa no Brasil, revelando desafios e novas dinâmicas sociais.