Avaliação do FMI indica as bases de expansão do PIB brasileiro
FMI destaca crescimento da economia brasileira, mas alerta para a necessidade de reformas fiscais e melhoria na gestão de recursos. O grupo enfatiza a importância de um esforço fiscal para reduzir a dívida pública e impulsionar investimentos.
A economia brasileira surpreendeu positivamente nos últimos três anos, segundo avaliação do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Após uma visita ao país, o FMI destacou a necessidade de eliminar renúncias tributárias dispendiosas, melhorar a administração da receita e enfrentar a rigidez orçamentária.
O grupo elogiou a atuação do Banco Central e o aperto monetário iniciado em setembro, essencial para atingir a meta de inflação de 3%.
Apesar do cenário positivo, a equipe recomenda um esforço fiscal mais ambicioso para reduzir a dívida pública, criar espaço para investimentos e facilitar a redução de juros.
Segundo projeção do FMI, a inflação deve chegar a 5,2% este ano e reduzir gradualmente para 3% até 2027.
Historicamente, o FMI tem mostrado otimismo moderado sobre a economia brasileira, prevendo crescimento de 2% a 3% ao ano devido a investimentos produtivos limitados, que raramente superam 18% do Produto Interno Bruto (PIB).
A nota da equipe recomendou destinar mais recursos ao potencial produtivo, incluindo uma política tributária mais eficiente e melhor administração das verbas arrecadadas.
Além disso, a redução da rigidez orçamentária e o fortalecimento de segurança jurídica e previsibilidade são essenciais para aumentar os investimentos em obras públicas, máquinas e capital humano.