Aumento do IOF foi debatido na mesa de Lula e estudado há bastante tempo, diz Haddad a jornal
Ministro da Fazenda defende aumento do IOF como parte de um planejamento financeiro de longo prazo. Ele garante que a equipe econômica está comprometida em ajustar as medidas para alcançar os objetivos da política econômica.
Aumento do IOF foi anunciado na última quinta-feira (22).
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a decisão foi estudada “há bastante tempo” e discutida no gabinete do presidente Lula.
Haddad explicou que a regularização do IOF resultou em um combo de medidas visando aumento de receita e contingenciamento de gastos, analisadas por mais de um ano.
O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, não participou da elaboração do decreto, segundo o ministro.
Haddad defendeu a retomada da isenção de investimentos no exterior como uma decisão técnica, citando a opinião de conselheiros próximos.
Ele comentou que o mercado viu a imposição dessa taxa como uma tentativa de controlar o capital, mas acredita que o diálogo fortalece a equipe econômica.
Apesar das críticas, Haddad afirmou que reputação é construída através de transparência e humildade.
Além disso, ele acreditou que a reação do mercado em dezembro sobre a isenção de imposto de renda para salários de até R$ 5 mil “não era justificável”, mas a revisão atual é considerada adequada.
Sobre futuras revisões, Haddad explicou que sua equipe está sempre reavaliando as medidas regulatórias da Fazenda e “calibrando” instrumentos financeiros como CRI, CRA, LCI e LCA, além do IOF.