Aumento do IOF eleva em até 39% o custo do capital de giro no varejo
IDV alerta para aumento de custos e inflação devido a nova alíquota de IOF. O instituto solicita apoio do Congresso para reverter a medida que pode impactar negativamente pequenas e médias empresas do varejo.
IDV solicita apoio ao Congresso contra aumento do IOF
Em ofícios enviados na 5ª feira (29.mai.2015), o IDV (Instituto para Desenvolvimento do Varejo) pediu apoio aos presidentes da Câmara, Hugo Motta, e do Senado, Davi Alcolumbre, para reverter a medida que aumenta o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).
O IDV representa 72 empresas do setor e afirma que o novo decreto pode:
- Elevar o custo das mercadorias;
- Pressionar a inflação;
- Causar queda na atividade econômica e no emprego.
O custo das operações pode subir de 14,5% a 38,8%. A ampliação da cobrança de IOF encarece operações utilizadas pelo varejo para obter capital de giro.
Nestas operações, conhecidas como risco sacado ou forfait, as empresas vendem direitos de recebimentos futuros para bancos ou fundos, antecipando dinheiro.
O IDV argumenta que, por não serem operações de crédito, cobrar imposto dificulta o funcionamento das empresas, que precisam dessa prática para manter o caixa.
O imposto também afeta fornecedores do varejo, que utilizam o forfait para manter a produção. Antes, as operações tinham alíquota zero ou reduzida, mas agora teriam uma alíquota de até 3,95%.
Com isso, o custo total da operação pode chegar a quase 19% ao ano, considerando IOF e Selic. O impacto maior será sentido por pequenas e médias empresas, que dependem dessas operações.
Aumento de custos pode resultar em preços maiores para mercadorias, afetando tanto quem vende ao consumidor final quanto os fornecedores, segundo o IDV.
O instituto pediu apoio dos congressistas para barrar a medida, que impacta grandes empresas associadas, como Americanas, Carrefour, Riachuelo, e outras.