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Aumenta pressão de empresas dos EUA que importam produtos brasileiros contra tarifaço de Trump

Especialistas defendem que o Brasil deve intensificar o diálogo com os Estados Unidos para mitigar os impactos das tarifas. A articulação eficiente com o setor privado americano se destaca como uma das principais estratégias para reverter a situação.

Tensão comercial entre Brasil e EUA: A Casa Branca anunciou uma tarifa de 50% sobre importações do Brasil, levantando preocupações. Especialistas destacam a importância do diálogo comercial e da presença brasileira em Washington.

Articulação via setor privado: Marcos Jank, do Insper, menciona que a negociação é feita por meio de empresas americanas. O suco de laranja, por exemplo, foi excluído da lista de taxação após pressão de distribuidoras como a Johanna Foods.

Lia Valls, da FGV Ibre, observa uma motivação política nas ações de Trump, que tende a recuar quando há interesse das empresas e consumidores americanos. Isso destaca a necessidade de um diálogo constante do governo brasileiro.

Desafios e prazos: O Brasil enfrenta um prazo curto para responder, com tarifas a entrarem em vigor na próxima semana. Fernando Ribeiro, do Ipea, aponta que alternativas que possam sensibilizar Trump são limitadas nesse cenário.

Ribeiro sugere focar em temas estratégicos para os EUA, como terras-raras, além do etanol, como formas de negociação. Contudo, a estruturação de políticas eficazes demandará mais tempo.

Consequências políticas: A sanção a Alexandre de Moraes, coincidindo com o anúncio da tarifa, é vista como uma manobra de Trump para evitar ser rotulado de "amarelão". A pressão de lobby das empresas americanas é evidente na lista de exceções, refletindo a complexidade da situação.

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