Augusto Melo e ex-dirigentes do Corinthians viram réus no caso VaideBet

Justiça de São Paulo aceitou denúncia contra o presidente afastado do Corinthians, Augusto Melo, e outros ex-dirigentes por associação criminosa, lavagem de dinheiro e furto.

O caso envolve irregularidades no contrato de patrocínio com a VaideBet, firmado em 2024. O MP-SP pede indenização de R$ 40 milhões ao clube, incluindo comissões e multas.

Além dos quatro principais denunciados, Victor Henrique de Shimada e Ulisses de Souza Jorge também foram acusados. O ex-diretor jurídico Yun Ki Lee não foi incluído na denúncia.

O MP afirma que o dinheiro saiu dos cofres corintianos para pagar comissões a empresas fantasmas, evidenciando um esquema criminoso.

Augusto Melo se declarou inocente, chamando o processo de “kafkiano” e reclama de abusos no acesso a dados. Sérgio Moura e o advogado de Marcelo Mariano afirmaram confiar na justiça.

A investigação pela Polícia Civil revelou que parte da comissão foi direcionada para a UJ Football Talent Intermediação Ltda, vinculada ao PCC. O contrato com a Vai de Bet totalizava R$ 360 milhões, com comissão de 7%.

Os denunciados utilizaram artifícios para facilitar o furto qualificado, que pode resultar em pena de 2 a 8 anos. A pena para a associação criminosa varia de 1 a 3 anos, e a lavagem de dinheiro, de 3 a 10 anos.