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Auditoria do INSS aponta 1,9 milhão de pedidos para excluir desconto

Auditoria revela que descontos não autorizados no INSS impactaram atendimento e geraram prejuízo de R$ 5,9 milhões. Operação Sem Desconto da Polícia Federal busca combater essas irregularidades que afetam milhões de beneficiários.

Auditória interna do INSS revela prejuízos administrativos e financeiros devido a descontos não autorizados de mensalidades associativas.

Essa auditoria faz parte da Operação Sem Desconto, da Polícia Federal, que investiga esses descontos. O segredo de Justiça foi parcialmente derrubado em 28 de outubro.

Os descontos irregulares impactam a fila de atendimento do INSS, aumentando a demanda de trabalho dos servidores. Entre janeiro de 2023 e maio de 2024, foram recebidos 1,9 milhão de pedidos para bloqueio ou exclusão de mensalidades, representando 16,6% dos requerimentos totais.

Os técnicos estimaram que a conclusão desses serviços equivale a 49.045 dias de trabalho de um servidor.

Cerca de 90% dos requerimentos afirmam que o beneficiário não autorizou os descontos, resultando em 1.056.290 solicitações que poderiam ter sido evitadas se o consentimento fosse respeitado.

O impacto financeiro dos descontos irregulares foi de R$ 5,9 milhões em custos operacionais. Embora as associações deveriam cobrir esses custos, a falta de contrato direto com a Dataprev resulta em pagamento pelo INSS.

A Dataprev confirmou que os custos são arcados pelo INSS, já que não há contrato com as entidades associativas, com um custo de R$ 0,10 por consignação.

O INSS não comenta decisões judiciais em andamento. Em nota, informou que, das 11 entidades investigadas, apenas uma possui acordo assinado em 2023, destacando que os descontos estão ocorrendo desde governos anteriores.

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PF