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Audiência na Alesp debate futuro da Favela do Moinho

A audiência abordará a controvérsia em torno da remoção das famílias e as condições oferecidas pelo governo para a realocação. Moradores denunciam presença policial excessiva e falta de comunicação nas remoções.

A Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo) realizará uma audiência pública nesta 2ª feira (28.abr.2025), às 17h, para debater a remoção das famílias da Favela do Moinho, na região central de São Paulo.

O encontro, proposto pela deputada Monica Seixas (Psol), reunirá representantes do governo estadual, federal e lideranças comunitárias.

O governo de São Paulo iniciou o processo de remoção em 22.abr.2025, visando transformar a área em um parque. O terreno, pertencente à União, está em processo de cessão para o governo estadual, condicionado a garantias de moradia para os residentes.

Atualmente, 719 das 821 famílias (87%) já iniciaram adesão aos programas habitacionais da CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano). Para quem não tem unidades disponíveis, são oferecidos:

  • Auxílio mudança de R$ 2.400
  • Auxílio moradia de até R$ 800 a partir do 2º mês

A SPU (Secretaria de Patrimônio da União) apoia a remoção “desde que seja a efetiva vontade das famílias e sem intervenção de força policial”. A secretaria destaca a preocupação com o destino das famílias realocadas.

Moradores relataram ao Poder360 que a remoção ocorreu sem aviso prévio e com presença da Polícia Militar. Uma residente afirmou: “A polícia está jogando spray de pimenta até nas crianças”.

A vereadora Luna Zarattini (PT) alegou que residentes foram “coagidos a declarar renda superior à real para se enquadrar no modelo de financiamento proposto”. A polícia não comentou as acusações.

A audiência contará com a participação de parlamentares do PT e Psol. Autoridades como o ministro Jader Filho (Cidades) e o vice-governador Felicio Ramuth foram convidados, mas não confirmaram presença. O prefeito Ricardo Nunes (MDB) está em viagem à Ásia até 1º de maio.

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