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Atraso em portos brasileiros atrapalha logística e gera custo bilionário ao setor

Setor portuário brasileiro enfrenta crescimento de custos com demurrage devido a entraves logísticos e climáticos. Aumento na movimentação de cargas e falta de infraestrutura agravam os problemas de infraestrutura nos principais terminais do país.

Gastos com demurrage no Brasil aumentam para US$ 2,3 bilhões em 2024, devido a problemas de infraestrutura e acessibilidade nos portos.

O estudo da consultoria Bain & Company aponta que os custos subiram de US$ 2 bilhões no ano anterior.

Fatores como clima, altos volumes de embarcações, gargalos de infraestrutura e burocracia agravam a situação.

Felipe Cammarata, da Bain & Company, destaca que marés baixas afetam a atracação de navios maiores, prolongando o tempo de espera.

Enquanto a movimentação de carga cresce 3% a 4% anualmente, impulsionada por exportações agrícolas, há risco de aumentar as sobre-estadias.

O porto de São Francisco do Sul tem investido em infraestrutura, como dragagem e expansão de berços, para reduzir os custos de demurrage.

Entre janeiro e fevereiro de 2024, o tempo de espera dos navios caiu de quase 12 dias para 9 dias.

A consultoria Solve Shipping reporta 1.127 cancelamentos de escalas de porta-contêineres, um aumento de 50% em relação ao ano anterior.

Os atrasos de navios aumentaram 33%, enquanto as escalas pontuais caíram 40%.

Leandro Carelli, da Solve Shipping, indica que os cancelamentos refletem o abarrotamento dos terminais.

O calado ideal para novos navios seria de 16 metros, enquanto muitos portos brasileiros operam abaixo desse padrão.

O especialista Luis Claudio Montenegro alerta que os atrasos encarecem o custo do frete, impactando todo o comércio global.

Empresas que operam com cargas just-in-time enfrentam riscos severos devido à falta de estoque e atrasos.

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