Ativos de emergentes têm saída de capital de US$ 17,1 bi em março, aponta IIF
Saída de investimentos estrangeiros em ativos de países emergentes indica crescente incerteza global, com a China liderando a retração. A movimentação é impulsionada pela guerra comercial e elevações nas tarifas, refletindo uma deterioração nas condições do mercado.
Ativos de países emergentes enfrentaram saída de US$ 17,1 bilhões em investimentos estrangeiros em março, segundo o Instituto de Finanças Internacionais (IIF). Este foi o nível mais fraco desde novembro de 2024.
Mercados de ações lideraram a retração, com saída de US$ 12,4 bilhões, enquanto os títulos de dívida tiveram prejuízo líquido de US$ 4,8 bilhões – a primeira leitura desse tipo em nove meses.
O IIF aponta que a mudança nos fluxos de capital reflete uma deterioração devido à crescente insegurança global, em grande parte por causa da escalada das tarifas e da guerra comercial.
A China foi responsável pela maior parte da retração, com saída de US$ 8,9 bilhões em ações. Excluindo a China, outros países emergentes registraram saída de US$ 3,4 bilhões.
- Títulos de dívida da China tiveram perda líquida de US$ 6,7 bilhões.
- Outros emergentes apresentaram saldo positivo de US$ 1,9 bilhões.
O IIF observa que, em nível regional, Brasil e México continuam a atrair atenção no mercado de renda fixa, enquanto a Ásia permanece vulnerável a choques de políticas macroeconômicas e comerciais.