Ativista brasileiro que foi preso por Israel após tentar ir para Gaza chega a São Paulo
Ativista brasileiro retorna ao Brasil após detenção em missão humanitária na Faixa de Gaza. Ele e outros passageiros do barco Madleen enfrentaram maus-tratos por parte das forças israelenses durante a detenção.
Ativista brasileiro Thiago Ávila, 38, é liberado após detenção em Israel
Dias após tentar furar o bloqueio de Israel à Palestina na Faixa de Gaza, o ativista desembarcou na manhã de sexta-feira (13), em São Paulo.
Ávila fazia parte da tripulação do Madleen, barco interceptado pela Marinha de Israel, a cerca de 180 km de Gaza. Familiares relatam maus-tratos durante sua detenção, incluindo isolamento e greve de fome, após se recusar a assinar um documento de deportação.
No total, 12 pessoas estavam a bordo do Madleen, incluindo a ativista sueca Greta Thunberg. O grupo foi detido no domingo (8) e liberado na quinta-feira (12). A liberação ocorreu após provocação do governo israelense nas redes sociais.
Israel intensificou o bloqueio a Gaza após a guerra com o Hamas, alegando que o grupo desviava ajuda humanitária. Autoridades da ONU contestam essa afirmação.
Ávila, nascido em Brasília e cofundador do movimento Bem Viver, é conhecido por suas ações em prol da justiça climática e pela Palestina. Ele já organizou missões para Cuba, Líbano e Irã e possui uma trajetória marcada por transmissões ao vivo em situações de risco.
A missão no Madleen foi coordenada pela coalizão Freedom Flotilla. Todos os detidos enfrentaram a mesma situação de deportação, mas apenas quatro, incluindo Thunberg, foram liberados ao assinar o documento.