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Atentados com explosivos deixam ao menos sete mortes na Colômbia e ampliam tensão no país

Dezenove explosões em Cali e regiões próximas resultam em pelo menos sete mortes, direcionadas principalmente contra a polícia. Os ataques ocorrem em um contexto de escalada de violência e tensão política na Colômbia, reavivando memórias de conflitos passados.

Dezenove ataques com explosivos ocorreram nesta terça-feira, 10, em Cali e municípios vizinhos, resultando em sete mortes. As explosões estão relacionadas ao terceiro aniversário da morte de Leider Johany Noscué, líder do grupo armado dissidente Columna Móvil Jaime Martínez, vinculado às FARC.

Os ataques visavam a polícia, com pelo menos dois policiais mortos. Duas explosões em Cali deixaram dois civis mortos, enquanto um carro-bomba em Jamundí matou três pessoas: dois civis e o autor do ataque. Os atentados incluíram carros-bomba e ocorreram também em bairros de Buenos Aires, Morales, Timbiquí, Corinto, Patía e Toribío.

Um ataque em Palmira foi frustrado, com cilindros explosivos encontrados na estrada do aeroporto. Em resposta, as autoridades de Cali fecharam ruas e reforçaram a segurança em locais estratégicos.

O prefeito de Cali, Alejandro Eder, descreveu os ataques como “uma onda de terrorismo” e destacou a necessidade de apoio às forças de segurança. O ministro da Defesa, Pedro Sánchez, afirmou que os ataques são uma reação aos sucessos militares na região.

A governadora do Valle del Cauca, Dilian Francisca Toro, pediu um Conselho Extraordinário de Segurança ao presidente Gustavo Petro. Os atentados aconteceram três dias após o senador Miguel Uribe ser baleado em Bogotá, aumentando a tensão política no país.

Uribe Turbay, pré-candidato à presidência em 2026, está em estado gravíssimo após cirurgia. O ataque revive os fantasmas da violência política dos anos 80 e 90, época de narcotráfico e conflitos armados que deixaram 220 mil mortos e 25 mil desaparecidos.

A investigação sobre o ataque a Uribe está em andamento, com informações limitadas sobre o mandante. Ele é filho da jornalista Diana Turbay, assassinada em 1991, inserindo sua história na longa trajetória de conflitos da Colômbia.

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