HOME FEEDBACK

Atentado ‘revive’ fantasmas na Colômbia e joga luz sobre problemas da administração de Gustavo Petro

O atentado contra o senador Miguel Uribe reacende as feridas da história violenta da Colômbia, destacando a polarização política e a tensão entre governo e oposição. Enquanto Uribe se prepara para a corrida presidencial, o governo de Petro enfrenta críticas sobre sua retórica e a segurança no país.

Atentado à vida do senador Miguel Uribe Turbay remete à história de violência política na Colômbia. O pré-candidato a presidente e crítico do governo de Gustavo Petro foi atingido por um garoto de 14 anos durante um comício em Bogotá.

O governo de Petro condenou o ataque e se comprometeu a identificar os mentores por trás do crime. Uribe é um dos opositores mais fervorosos de Petro, criticando sua administração, especialmente na coleta de lixo.

O Centro Democrático, partido de Uribe, promoveu uma campanha para associar Petro ao “castro-chavismo” e o acusa de centralizar poder e fragilizar a oposição, convocando mobilizações públicas.

Em abril, a proposta de consulta popular do governo foi vista como uma manobra autocrática pela oposição. Críticas também surgiram sobre a reforma trabalhista promovida sem diálogo.

O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, atribuiu indiretamente a responsabilidade do atentado a Petro, chamando-o de “ameaça à democracia” e criticando sua aliança com regimes autoritários.

Rubio também desaprovou políticas de Petro, como a descriminalização de drogas e o fim de relações diplomáticas com Israel, sugerindo que sua popularidade é baixa.

Com um histórico familiar marcado pela violência, o atentado ritualiza os traumas do passado colombiano. Uribe, neto de ex-presidente e político conservador, já perdeu sua mãe para a violência política e defende um endurecimento contra o narcotráfico.

A história da Colômbia é repleta de atentados políticos e ações violentas, como os assassinatos de Jorge Eliécer Gaitán e Luis Carlos Galán, que ressaltam um passado turbulento que ainda ressoa na política atual.

O atentado a Uribe evoca fantasmas do passado, refletindo uma era de polarização e violência política que continua a assombrar o país.

Leia mais em estadao