Atentado contra senador foi volta de pesadelo da violência política na Colômbia, diz filho de presidenciável assassinado
Juan Manuel Galán, filho do icônico político assassinado, expressa solidariedade a Miguel Uribe Turbay após atentado e defende uma política menos agressiva. Pré-candidato à presidência, ele busca promover a paz e a expansão do Estado de Direito na Colômbia.
Juan Manuel Galán, 52, é o primogênito de Luis Carlos Galán, líder liberal assassinado em 1989 durante um comício em Soacha, Colômbia. Na época, o país enfrentava um ciclo de violência política e a atuação de cartéis de narcotráfico.
Após a morte do pai, Juan Manuel, então com 17 anos, pediu publicamente que César Gaviria assumisse a candidatura deixada vaga, resultando em sua vitória e liderança durante a caçada a Pablo Escobar.
Hoje, Juan Manuel é pré-candidato à presidência, sucedendo Gustavo Petro. Recentemente, manifestou solidariedade ao presidenciável Miguel Uribe Turbay, alvo de atentado. Em entrevista, descreveu o atentado como um pesadelo e ressaltou a importância de apoiar os órgãos de investigação.
Ele enfatizou a necessidade de uma redução na agressividade do discurso político, especialmente nas redes sociais, e destacou que a responsabilidade maior recai sobre o presidente da República.
Juan Manuel, atual presidente do partido Nuevo Liberalismo, foi senador e crítico do governo de Petro. Ele acredita que a violência política atual é diferente, com cerca de 50 estruturas criminosas no lugar de dois cartéis.
Se eleito, promete investir em inteligência e expandir o Estado de Direito em áreas menos assistidas. Ele guarda lições de seu pai sobre liderança e princípios, como honestidade e combate ao clientelismo, buscando uma Colômbia justa.