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Atentado contra Miguel Uribe: os milhares de adolescentes recrutados para matar por grupos armados na Colômbia

A prisão do suspeito de ataque ao senador Miguel Uribe revela o recrutamento crescente de menores por organizações criminosas na Colômbia. As autoridades enfrentam desafios no combate a essa prática, amplificada pela vulnerabilidade social e abandono nas regiões afetadas.

Prisão de Adolescente Suspeito

Um jovem, de apenas 15 anos, foi preso como principal suspeito do atentado contra o senador Miguel Uribe Turbay, baleado em Bogotá no último sábado (07/06). Uribe está em estado gravíssimo.

Arma do Crime

O adolescente portava uma pistola Glock 9mm, uma arma semiautomática muito utilizada por forças de segurança. O presidente Gustavo Petro confirmou que o indivíduo havia abandonado um programa de paz anteriormente.

Motivação e Contexto

O adolescente afirmou que recebeu a ordem para o ataque de "el hombre de la olla", mencionando conexões com o tráfico de drogas.

Autoridades buscam os autores intelectuais do crime, que evidencia o recrutamento de crianças por grupos armados na Colômbia. Em 2024, já foram recrutadas 409 crianças, um aumento em relação a 2023.

Histórico

  • Décadas de conflito armado e crime organizado na Colômbia resultaram em milhares de jovens recrutados.
  • Nos anos 80, durante o auge de Pablo Escobar, crianças atuavam como pistoleiros.

Vulnerabilidade

O recrutamento é impulsionado por exclusão social e problemas legais no sistema colombiano. Menores de áreas urbanas são atraídos por ascensão social, enquanto os rurais muitas vezes são obrigados a se juntar a grupos armados.

Aumentos Alarmantes

A Defensoria colombiana identificou que 300 dos recrutados em 2024 são de Cauca, uma região crítica. Dados sugerem que o recrutamento forçado tenha crescido até 1.200% após a pandemia.

Em 2024, foram registrados 1.953 desaparecimentos de menores, com suspeitas de recrutamento à força.

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