Atendimento psiquiátrico na Ucrânia enfrenta colapso devido à guerra, alertam médicos
Crisis de saúde mental se agrava na Ucrânia devido à guerra, com milhares de pacientes sendo transferidos para hospitais psiquiátricos. Médicos alertam sobre a escassez de medicamentos e o aumento significativo nos casos entre civis e militares.
Ucrânia enfrenta crise de saúde mental durante guerra
Enquanto conflitos e bombardeios ocorrem, Olga Klimova, de 44 anos, dorme profundamente em um hospital psiquiátrico superlotado em Poltava. Evacuada de sua cidade natal, Kiselivka, ela não tem notícias de seus familiares desde o início da guerra.
A Ucrânia evacuou milhares de pacientes psiquiátricos para lidar com a crescente crise de saúde mental. A OMS estima que 9,6 milhões de ucranianos podem desenvolver problemas mentais, representando quase um quarto da população pré-guerra.
O sistema público de psiquiatria está sobrecarregado. Muitos pacientes, como Olga Beketova, de 47 anos, relataram escassez de medicamentos enquanto estavam sob ocupação russa. A ajuda internacional tem chegado, mas os recursos ainda são escassos.
O médico Oles Teliukov alerta que a situação pode piorar antes do fim do conflito, mencionando a dificuldade de alguns pacientes em expressar seus traumas.
Soldados traumatizados e civis lidam com as consequências devastadoras da guerra, como evidenciado por um militar que sofreu um bombardeio em 2024, resultando na morte de 59 pessoas.
Os quartos do hospital são identificados por núcleos em vez de números, uma iniciativa para reduzir a estigmatização dos pacientes.
No hospital, Klimova despede-se da equipe da AFP enquanto a luta pela saúde mental continua.