Ataques israelenses contra campos de deslocados em Gaza deixam quase 40 mortos
Os bombardeios israelenses na Faixa de Gaza resultam em novas perdas de vidas, incluindo crianças, em um cenário de intensificação do conflito. A crise humanitária se agrava com a continuidade dos ataques, enquanto a pressão internacional por um cessar-fogo aumenta.
Bombardeios israelenses na Faixa de Gaza resultaram em quase 40 mortes nesta quinta-feira, 17, incluindo crianças, a maioria em campos de deslocados. A Defesa Civil local confirmou os dados enquanto Israel intensificava a ofensiva no território.
Desde o retorno da ofensiva em 18 de março, após dois meses de trégua, os ataques se ampliaram. O Exército israelense não comentou os bombardeios até o momento.
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu acredita que a pressão militar forçará o Hamas a liberar os reféns sequestrados em 7 de outubro de 2023. O conflito resultou em dezenas de milhares de mortes e em uma grave crise humanitária.
Entre os relatos dos ataques:
- 16 mortos, incluindo mulheres e crianças, em bombardeio em Al Mawasi;
- Sete mortos em Beit Lahia;
- Pelo menos sete integrantes de uma família mortos em Jabaliya;
- Três mortes em uma escola-refúgio;
- Dois mortos em Shujaiya.
Imagens da destruição mostram tendas incendiadas e a Defesa Civil tentando controlar as chamas. Uma sobrevivente de Al Mawasi descreveu o horror: "Havia crianças despedaçadas!"
Israel continua a busca pelo desarmamento do Hamas, que em 2007 tomou o controle da Faixa de Gaza. O bloqueio humanitário se mantém desde 2 de março, apesar das críticas internacionais.
O Hamas se prepara para responder a uma proposta de trégua mediada pelo Egito. Dados oficiais apontam 1.218 mortos israelenses desde o ataque de 7 de outubro, enquanto o Ministério da Saúde da Faixa de Gaza reporta 1.691 palestinos mortos desde março.
A pressão internacional por um cessar-fogo aumenta, à medida que os ataques em Gaza ampliam a crise humanitária.