Ataque terrorista na Caxemira abre crise entre Índia e Paquistão e acende risco de conflito militar
Tensões entre Índia e Paquistão aumentam após atentado na Caxemira, resultando em ameaças de retaliação militar. Medidas de escalada incluem suspensão de tratados e fechamento de fronteiras, intensificando a crise regional.
Índia e Paquistão escalaram tensões nesta quinta-feira, 24, após acusações mútuas e ameaças militares.
A crise começou com um atentado terrorista que matou 26 turistas na Caxemira indiana, levando Nova Délhi a culpar Islamabad por conivência com grupos terroristas.
O ataque foi o pior na região desde 2019, com sobreviventes relatando execuções em massa por homens armados.
Responsabilidades: A polícia indiana atribuiu o atentado ao Lashkar-e-Taiba, sediado no Paquistão, identificando dois paquistaneses como suspeitos.
O primeiro-ministro Narendra Modi prometeu punições severas aos terroristas e seus apoiadores.
Em resposta, o chanceler indiano Vikram Misri anunciou medidas contra o Paquistão, incluindo:
- Fechamento do principal posto de fronteira.
- Redução da equipe diplomática.
- Suspensão do tratado de 1960 sobre o compartilhamento de água do Rio Indo.
Islamabad reagiu, alertando que qualquer interrupção do fluxo de água será considerada um “ato de guerra”.
Além disso, suspendeu vistos para cidadãos indianos, exceto para peregrinos, e fechou seu espaço aéreo para companhias indianas.
O analista Michael Kugelman alertou sobre o “risco sério” de uma nova crise, lembrando do breve conflito de 2019 após um ataque a um comboio policial.
A Índia mantém um efetivo significativo na Caxemira, e qualquer ataque contra o Paquistão dependerá da percepção de conivência do governo local com o terrorismo.
O ministro da Defesa paquistanês, Khawaja Asif, declarou que estão preparados para proteger seu território e que não cederão a pressões externas.