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Ataque israelense mata família faminta enquanto dormia na Cidade de Gaza, dizem palestinos

Ataque aéreo em Gaza resulta na morte de toda a família Al-Shaer enquanto dormiam em meio à crescente crise humanitária. Organizações internacionais alertam para a fome e restrições à ajuda humanitária na região.

A família Al-Shaer foi vítima de um ataque aéreo israelense em Gaza, resultando na morte de sete pessoas, incluindo a jornalista Wala al-Jaabari e seus cinco filhos.

Este ataque é parte de um aumento nos conflitos que já resultaram em mais de 100 mortes nas últimas 24 horas, segundo o Ministério da Saúde de Gaza.

Os corpos da família foram encontradas envoltos em mortalhas brancas, enquanto um parente relatou que as crianças dormiram sem comer.

O Exército israelense afirmou ter atacado 120 alvos em Gaza no último dia, mas não comentou especificamente o bombardeio da casa da família Al-Shaer. Palestinos relataram que algumas pessoas escaparam do ataque buscando comida.

Enquanto isso, o Ministério da Saúde de Gaza reportou que outras dez pessoas morreram de fome, elevando o total a 111 mortes por inanição nas últimas semanas.

A OMS alertou que 21 crianças morreram de desnutrição em 2023, destacando a dificuldade em entregar alimentos devido a cerca de 80 dias sem suprimentos.

Organizações de ajuda, incluindo a Mercy Corps, afirmam que a fome se espalha em Gaza devido à restrição de acesso a alimentos, água e medicamentos.

Israel justifica suas ações alegando a necessidade de controlar a ajuda para evitar que seja desviada por militantes. 700 caminhões de ajuda estão parados dentro de Gaza, afirma Tel Aviv.

As guerras entre Israel e Hamas já duram quase dois anos, com Israel tendo matado quase 60 mil palestinos nesse período. O enviado dos EUA, Steve Witkoff, deve discutir novas negociações de cessar-fogo.

Porém, as conversas anteriores não resultaram em progresso, e há pressões internas em Israel contra acordos que não impliquem a destruição total do Hamas.

O presidente de Israel, Isaac Herzog, afirmou que há "negociações intensas" em andamento, mas os desafios permanecem devido a felicitações divergentes dentro do governo.

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