Ataque israelense à única igreja católica de Gaza mata três e fere padre argentino
Ataque à única igreja católica de Gaza resulta em mortes e feridos, gerando condenações internacionais. O papa Leão 16 expressa sua profunda tristeza e clama por proteção a locais sagrados em tempos de guerra.
Ataque na Igreja da Sagrada Família em Gaza
Pelo menos três pessoas morreram e várias ficaram feridas em um ataque na Igreja da Sagrada Família, o único templo católico em Gaza, na quinta-feira (17/7).
O Vaticano confirmou que o pároco, padre Gabriel Romanelli, ficou "levemente ferido em uma perna". O ataque foi atribuído a Israel.
O Exército israelense declarou estar "ciente dos danos" e afirmou que as "circunstâncias do incidente estão sob revisão".
O papa Leão 16 expressou estar "profundamente entristecido" e destacou que a igreja serve como refúgio para famílias cristãs deslocadas devido à ofensiva israelense.
Durante a guerra, o falecido papa Francisco mantinha contato constante com o padre Romanelli, que há mais de cinco anos reside em Gaza.
Um vídeo mostra Romanelli abordando feridos em um hospital após o ataque. Imagens revelam danos à igreja, incluindo o telhado atingido e janelas quebradas.
Acusações contra Israel
- A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, responsabilizou Israel pelo ataque, afirmando que "nenhuma ação militar pode justificar tal conduta".
- O Patriarcado Ortodoxo Grego de Jerusalém condenou o ataque como "uma flagrante violação da dignidade humana".
Cerca de 600 pessoas deslocadas, a maioria crianças, estavam abrigadas na igreja, situada em uma área previamente evacuada por Israel.
Israel iniciou a guerra em Gaza após ataques do Hamas em 7 de outubro de 2023, com mais de 58,5 mil mortes registradas até agora, conforme o Ministério da Saúde de Gaza.