Ataque dos EUA contra prisão no Iêmen deixa 68 mortos, dizem houthis
Ataque aéreo deixa dezenas de mortos em prisão no Iêmen, com rebeldes houthis acusando os EUA de responsabilidade. A situação se agrava em meio ao fluxo migratório de africanos em busca de oportunidades no país em guerra.
Bombardeio em Saada, Iêmen: 68 mortos e 47 feridos
No dia 28 de abril de 2025, um bombardeio contra uma prisão na cidade de Saada resultou em 68 mortes e 47 feridos. Os houthis, movimento político militar, acusam os Estados Unidos de serem responsáveis pelo ataque.
A agência de notícias Reuters informou que 115 imigrantes africanos estavam no local. O Iêmen enfrenta um grave problema migratório, com muitos africanos tentando cruzar o país em busca de trabalho na Arábia Saudita.
Saada é um reduto dos houthis e já foi alvo de ataques dos EUA anteriormente. O exército americano ainda não comentou sobre o bombardeio. Previamente, o Comando Central do Exército dos EUA anunciou que reduziria a divulgação de informações sobre operações no Oriente Médio.
Citando a necessidade de preservar a segurança operacional, o Comando afirmou que limitariam detalhes sobre operações atuais e futuras, destacando sua consciência em relação às abordagens operacionais.
Os houthis, ou Ansar Allah, representam principalmente a seita Zaidi do islamismo xiita e se consideram parte do “eixo de resistência” liderado pelo Irã, que inclui Hamas e Hezbollah.
Especialistas afirmam que, embora os houthis mantenham alinhamento ideológico com o Irã, seus objetivos são motivados principalmente por questões internas. De novembro de 2023 a janeiro de 2025, atacaram mais de 100 navios mercantes, resultando em 4 mortes entre marinheiros.
O presidente dos EUA, Donald Trump, criticou o Irã, afirmando que o governo iraniano é responsável pelas ações dos houthis. Em resposta, o aiatolá Ali Khamenei declarou que o Irã não precisa de intermediários e que os houthis agem por motivações próprias.