Ataque dos EUA contra porto no oeste do Iêmen deixa quase 40 mortos
Ataque aéreo dos EUA resulta em mortes de trabalhadores em porto no Iêmen, elevando tensões na região. Rebeldes houthis realizam protestos contra bombardeios, fortalecendo vínculos com a causa palestina.
Quase 40 pessoas morreram em um ataque dos Estados Unidos a um porto de petróleo no oeste do Iêmen, controlado pelos rebeldes houthis, segundo a imprensa do grupo insurgente pró-Irã.
O Exército americano destruiu o terminal de Ras Issa, com o objetivo de cortar o fornecimento de combustível aos houthis. Os ataques aéreos são realizados quase diariamente desde 15 de março para combater a ofensiva do grupo contra navios civis e militares no Mar Vermelho.
O canal Al-Masirah TV reportou que “trinta e oito operários e funcionários” morreram, além de 102 feridos. Os rebeldes iniciaram seus ataques no final de 2023, apoiando os palestinos durante a guerra entre Hamas e Israel.
O porta-voz dos houthis, Anees Alasbahi, informou que entre as vítimas fatais estavam “cinco socorristas”. As equipes de resgate trabalham para retirar vítimas e controlar incêndios nos navios atracados.
O Comando Central dos EUA (Centcom) afirmou que os ataques visam enfraquecer o poder econômico dos houthis e privá-los de receitas ilegais. Os EUA classificaram os houthis como uma “organização terrorista” e impuseram sanções a um banco do Iémen que apoia o grupo.
Os houthis convocaram manifestações contra os bombardeios e em apoio aos palestinos. O governo do Irã denunciou os ataques como uma “flagrante violação” da Carta das Nações Unidas.
A ofensiva dos houthis bloqueou a passagem de navios pelo canal de Suez, levando a desvios dispendiosos. A operação militar dos EUA começou sob o governo de Joe Biden, que dá continuidade à ação iniciada durante a gestão de Donald Trump.
Publicado por Luisa Cardoso - Com informações da AFP