Ataque ao Pix é como “defender o telefone fixo em detrimento do celular”, diz Haddad
Haddad defende eficiência do Pix e critica sanções americanas como uma "insanidade". O ministro destaca a importância do sistema para a inclusão financeira e reafirma o compromisso do Brasil em manter diálogo com os EUA.
Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, expressou ironia e indignação sobre a possibilidade do sistema de pagamentos Pix ser alvo de sanções dos EUA, durante entrevista à rádio CBN.
Haddad comparou as críticas ao Pix à defesa de tecnologias obsoletas, afirmando: “É como defender o telefone fixo em vez do celular.”
A declaração foi uma resposta à inclusão do Pix em uma investigação americana, com base no Capítulo 301, que avalia práticas comerciais ilegais. O ministro destacou que o Pix é um modelo exitoso de transações sem custo, servindo como exemplo global.
Ele admitiu que rumores sobre sanções chegaram ao governo no fim de semana e que estão sendo considerados no plano de contingência. “Se não deixarmos prosperar a insanidade de imaginar que o Pix é uma ameaça ao império americano, onde vamos parar?”, questionou.
Haddad atribuiu parte da culpa por tensões comerciais a uma força política antinacional no Brasil e à relação entre ex-presidente Jair Bolsonaro e Donald Trump.
Por fim, reiterou que o Brasil não sairá das negociações e que os canais diplomáticos com os EUA permanecem abertos: “Não estamos parados aguardando o dia 1º,” referindo-se ao prazo para uma resposta americana sobre tarifas.