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Associação que inclui Nestlé e Coca-Cola diz a Trump que tarifa sobre Brasil terá impacto para consumidor

Entidade pede ao governo dos EUA a revisão de tarifas que afetam importações do Brasil, destacando a importância de insumos-chave. Representantes ressaltam que a medida pode impactar negativamente os consumidores americanos, especialmente em produtos como café e papel higiênico.

A Consumer Brands Association tenta convencer o governo Trump a negociar tarifas de 50% sobre importações do Brasil, alertando para o impacto no consumidor americano.

A entidade representa empresas como Coca-Cola, PepsiCo, Nestlé e Kellog, e defende que muitas delas dependem de insumos importados que não estão disponíveis nos EUA.

O vice-presidente da associação, Tom Madrecki, ressalta que 10% dos insumos são essenciais, incluindo itens como café, polpa de eucalipto e cacau.

Madrecki apresentou uma tabela com 22 produtos que geraram importações de quase US$ 4 bilhões em 2024. Ele adverte que tarifas elevadas afetariam os preços de produtos como café.

A associação busca demonstrar que as cadeias de suprimentos não podem ser protegidas como Trump imagina, já que muitos produtos não têm substitutos disponíveis nos EUA.

No caso do café, empresas pensaram em alternativas do Vietnã ou México, mas a qualidade e preços são diferentes. Madrecki menciona que o Brasil pode ter uma oportunidade de negociar, assim como a Indonésia fez com óleo de palma.

As autoridades brasileiras buscam contato com o governo Trump, uma vez que as negociações formais ainda não começaram. O ministro Fernando Haddad e o vice-presidente Geraldo Alckmin estão em busca de interlocução.

O Brasil é responsável por 65% a 70% das importações de suco de laranja dos EUA e o maior fornecedor de café, entre outros produtos importantes como açúcar e carne bovina.

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