Associação de servidores da Abin pede para diretor-geral deixar cargo após indiciamento pela PF
Intelis solicita a saída de diretor da Abin após indiciamento por obstrução de investigações. A associação critica a permanência da atual gestão e os impactos negativos à Inteligência de Estado.
A União dos Profissionais de Inteligência de Estado (Intelis), que representa servidores da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), pediu a saída de Luiz Fernando Corrêa, diretor-geral do órgão, após investigações da Polícia Federal (PF) sobre a “Abin Paralela” e seu indiciamento.
A nota destaca:
O texto ainda critica a continuidade da atual gestão, afirmando que a Inteligência de Estado está sendo maltratada e desvalorizada. E menciona que membros de outros órgãos do Executivo não devem opinar sobre o trabalho da Abin.
A PF indicou mais de 30 pessoas no inquérito, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro, seu filho Carlos Bolsonaro e o ex-diretor da Abin Alexandre Ramagem. Além de Corrêa, também foram indiciados seu chefe de gabinete Luiz Carlos Nóbrega e o corregedor-geral José Fernando Chuy, suspeitos de obstruírem as investigações.
Corrêa, delegado da PF aposentado e aliado de Luiz Inácio Lula da Silva, prestou depoimento em abril sobre a estrutura paralela na Abin, que visava espionagem contra autoridades, jornalistas e advogados, especialmente para proteger os filhos de Bolsonaro em processos judiciais.