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Assim como Trump deu uma boia para Lula, Alexandre de Moraes deu para Bolsonaro; e recuou

Moraes endurece medidas cautelares contra Bolsonaro, que se posiciona como vítima em meio à pressão política. A estratégia do ex-presidente visa recuperar apoio no Congresso e nas próximas pesquisas eleitorais.

Alexandre de Moraes está se tornando para Jair Bolsonaro o que Donald Trump foi para Lula: uma oportunidade para ganhar apoio e visibilidade durante a guerra do tarifaço de 50%.

Com o relator endurecendo as medidas contra o réu, Bolsonaro adota a postura de vítima, buscando apoio no Congresso e nas próximas pesquisas, nas quais teve queda significativa, enquanto Lula está ascendente.

Esse movimento político ganha relevância com o interesse dos Estados Unidos pelos minerais críticos do Brasil, refletindo em articulações de Lula na Europa, Ásia e Brics.

Ações de Moraes: Ele impôs medidas cautelares a Bolsonaro, como uso de tornozeleira e restrições de comunicação, baseado em riscos de fuga e obstrução de justiça, já que o ex-presidente tem histórico de tentativas de se esconder.

A decisão de Moraes ocorreu logo após uma carta de Trump a Lula, sugerindo o fim do processo contra Bolsonaro. A medida revelou-se um desafio: Moraes ameaçou Bolsonaro com prisão por descumprir as cautelares, levando a defesa a alegar que não houve descumprimento real, complicando ainda mais sua posição.

A ameaça de prisão teve impacto negativo em sua imagem, gerando dissidências no STF e reforçando o discurso de perseguição política em favor da militância bolsonarista.

Moraes, ao resistir a responder à defesa, aparentou insegurança e, ao minimizar os descumprimentos, demonstrou um recuo necessário, embora incômodo para sua autoridade.

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