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Assembleia-Geral da ONU exige cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza; EUA e Israel se opõem

Assembleia da ONU reforça apelo por cessar-fogo em Gaza e liberdade de ajuda humanitária. Votação contou com a adesão de 149 países, apesar da oposição de 12, incluindo os EUA e Israel.

A Assembleia-Geral da ONU exigiu nesta quinta-feira (12) um cessar-fogo imediato, incondicional e permanente na guerra da Faixa de Gaza e a liberação das fronteiras para ajuda humanitária.

O texto foi aprovado com 149 votos favoráveis, incluindo o Brasil, contra 12 votos (Estados Unidos, Israel, Argentina e Paraguai) e 19 abstenções.

A resolução também pede a libertação de reféns pelo Hamas, a soltura de prisioneiros palestinos e a retirada de tropas israelenses de Gaza. A Assembleia condena o uso da fome e o acesso negado a ajuda humanitária.

Embora não seja juridicamente vinculante, o texto reflete a opinião global sobre o conflito, já que decisões anteriores foram ignoradas.

O embaixador de Israel, Danny Danon, criticou o texto, chamando-o de "libelo de sangue", e alertou que não exigir a libertação de reféns incentivaria organizações terroristas. A embaixadora dos EUA, Dorothy Shea, qualificou a resolução como "performática" e sem benefícios para a situação civil em Gaza.

A votação ocorreu antes de uma conferência da ONU agendada para a próxima semana, que busca reviver esforços por uma solução de dois Estados entre Israel e Palestina.

Nos últimos meses, a Assembleia já havia solicitado trégua humanitária em outras ocasiões, com respaldo significativo nos votos.

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