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Assembleia do Equador aprova volta de bases militares estrangeiras

Reforma aprovada pela Assembleia do Equador permite bases militares estrangeiras, com foco no combate ao tráfico de drogas. Medida, apoiada por 82 parlamentares, precisa ser confirmada em referendo.

A Assembleia Legislativa do Equador aprovou, em 3 de outubro, uma reforma que permite a instalação de bases militares estrangeiras no país.

A proposta obteve apoio de 82 parlamentares e precisará ser submetida a referendo, com a data a ser definida pelas autoridades eleitorais.

O presidente Daniel Noboa, reeleito recentemente, defende que a cooperação internacional é fundamental para combater o tráfico de drogas, que teria crescido após o fechamento da base dos Estados Unidos em 2009.

Noboa e Donald Trump se reuniram em março para discutir a reabertura de uma nova instalação militar.

O presidente iniciou seu novo mandato em 24 de maio e afirmou que o crime organizado exige uma resposta conjunta com outros países. Ele acredita que as bases ajudarão nesse combate, citando que as apreensões de cocaína aumentaram em quase 500% quando os EUA operavam na cidade de Manta.

Parlamentares do governo afirmam que o fechamento da base militar fez do Equador um centro do tráfico de drogas. Já a oposição defende que a presença militar estrangeira não resolverá os problemas de segurança, exigindo um plano mais estruturado.

Noboa mencionou o projeto durante a campanha, sugerindo a necessidade da base de Manta para conter o tráfico, criticando o governo de Rafael Correa, que não renovou o acordo de presença militar.

A Constituição de 2008, promulgada por Correa, proíbe a presença de bases militares estrangeiras. Noboa argumenta que essa decisão prejudicou o combate ao narcotráfico e aumentou a violência no país.

Em 17 de outubro de 2024, Noboa enviou um projeto de reforma parcial da Constituição para alterar o artigo 5º, que passaria a afirmar que "o Equador é um território de paz".

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