Ascensão da extrema direita preocupa imigrantes no Japão

Ascensão do partido de direita Sanseito no Japão: preocupa imigrantes após eleições de domingo (20).

Fundado em 2020, o Sanseito conquistou 14 cadeiras na câmara alta, aumentando sua representação de uma para 14 cadeiras em um parlamento de 248.

A retórica do partido é centrada na frase "Japão em Primeiro Lugar" e defende:

• Regras mais rígidas sobre imigração e capital estrangeiro;
• Cortes de impostos;
• Aumento em assistência social.

Sohei Kamiya, líder do partido, pediu limites ao número de trabalhadores estrangeiros não qualificados no Japão.

Imigrantes relatam suas reações:

• Fuad, de Bangladesh: "Experiência assustadora" ao passar por comício do Sanseito;
• Keren Zohar, estudante israelense: surpresa com a mudança política no Japão;
• Anish Shrestha, do Nepal: reconhece preocupações japonesas, mas considera restrições prematuras.

Um estudante de Mianmar alerta para as consequências concretas da retórica de ódio, comparando à situação de seu país natal.

Entrevistados mencionam que hostilidade pode desencorajar a imigração:

• Anish Shrestha: irá considerar outras opções;
• Yin, estudante chinês: "Prefiro não viver em um lugar governado pelo Sanseito";
• Jacob Gregorius, indonésio: preocupações econômicas devido a limitações.

Um CEO americano relaciona as eleições à "grande frustração" da população japonesa com a fraqueza do iene, afirmando que descontentamento das famílias pode estar por trás do apoio ao Sanseito.

Concluindo, ele ressalta que discussões inclusivas e representatividade são necessárias, mas que políticas de repressão à imigração são falhas: "não vai funcionar apenas com japoneses".