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Às vésperas de tarifaço, aeroportos brasileiros relatam alta nos envios de cargas aos EUA

Aumento na movimentação de cargas para os EUA ocorre em resposta à nova tarifa de 50% proposta por Donald Trump. Setores como frutas e pescados já sentem os impactos da medida antes mesmo de sua implementação.

A menos de uma semana da tarifa de 50% imposta pelo presidente Donald Trump ao Brasil, aeroportos observam um aumento na movimentação de cargas para os Estados Unidos.

A tarifa começará a ser cobrada a partir de 1º de agosto, próxima sexta-feira.

O Aeroporto Internacional de São Paulo (Guarulhos) relatou um aumento "expressivo" nas exportações desde o dia 25. Os principais produtos enviados incluem:

  • Calçados
  • Frutas
  • Cimento
  • Automotivos
  • Peças agrícolas

Produtos vêm de locais como Franca, ABC, Bahia e Espírito Santo.

A GRU Airport orienta empresas a confirmar reservas antes do envio, visando evitar acúmulo de cargas na exportação, alertando que a falta de reservas pode impactar a logística.

O aeroporto Salgado Filho (Porto Alegre) notificou um aumento de 58% na demanda de exportação para os EUA nas últimas duas semanas.

O terminal de Viracopos (Campinas) prevê 85 mil toneladas por ano de exportações para os EUA, correspondendo a um terço do total, e já monitoram possíveis impactos.

Antes mesmo da vigência da taxa, ela já afeta vários setores:

  • Exportações de manga foram suspensas
  • Setor de pescados interrompe exportações, com 70% da produção destinada ao mercado americano
  • Frigoríficos de Mato Grosso do Sul pararam produção de carnes para os EUA, buscando novos mercados

Consequentemente, a medida de Trump já tem impactos significativos na economia brasileira.

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