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Às vésperas da formatura, brasileiros de Harvard relatam incerteza e caos após medidas de Trump

A cerimônia de formatura de Harvard se torna um palco de incertezas diante da disputa legal entre a universidade e o governo Trump. Estudantes estrangeiros enfrentam a possibilidade de perder seus vistos e a chance de continuidade nos EUA, refletindo o clima de apreensão na comunidade acadêmica.

A última semana de maio é um período marcante para alunos universitários nos EUA, especialmente em Harvard, onde a formatura ocorre com grande solenidade no Harvard Yard.

Este ano, a cerimônia é marcada por controvérsias relacionadas à política do presidente Donald Trump, que prometeu retaliar universidades que, na sua visão, promovem a cultura woke. Harvard, com seus 7.000 alunos internacionais (26% do total), está no centro deste conflito.

Recentemente, Trump anunciou a proibição de matrícula de alunos estrangeiros, além de revogar os vistos de quem já estuda. A universidade contestou a medida na justiça, alegando violação da Primeira Emenda.

Trump também sugere que todos os estudantes internacionais passem por uma verificação nas redes sociais e suspendeu novos agendamentos de entrevistas para vistos de estudante, aumentando a insegurança na comunidade acadêmica.

Alunos e ex-alunos expressam sua frustração e medo, temendo serem usados como “moeda de troca” e diante da incerteza sobre seu futuro nos Estados Unidos.

Os impactos da decisão de Trump são amplos, afetando aqueles que buscam entrar na universidade, os atuais estudantes e os que utilizam o Optional Practical Training (OPT) para trabalhar no país após a formatura.

Com a incerteza em torno dos programas e dos cortes de financiamento, muitos pesquisadores brasileiros estão reconsiderando seus planos acadêmicos, optando por programas no Brasil ao invés de seguir com suas carreiras nos EUA.

Até o momento, uma decisão judicial suspendeu a proibição de Trump temporariamente, mas a situação permanece incerta e pode mudar rapidamente.

As universidades estão considerando promover seus campi fora dos EUA para atrair estudantes internacionais, dada a situação atual.

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