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As três esferas do governo parecem tocar na festa do Titanic

Governo enfrenta reações adversas após anúncio de novas alíquotas de IOF, incluindo cobranças sobre títulos isentos. Críticas se intensificam em meio a preocupações sobre a sustentabilidade fiscal e a necessidade de cortes estruturais.

Nova proposta do Ministério da Fazenda sobre o IOF gera forte repercussão na economia brasileira, com críticas à revogação de tributação sobre fundos de investimento no exterior.

Uma Medida Provisória e um novo Decreto estão sendo elaborados, alterando alíquotas e tributações. As taxas sobre títulos de renda fixa deverão ser reduzidas para 17,5%, em vez da tabela regressiva que chegava a 22,5%.

Esse movimento é fruto da insatisfação de empresários e da população, além de pressão do Congresso, que exigiu alternativas do governo em um prazo de dez dias.

O governo enfrenta dificuldades em criar um plano crível para equilíbrio fiscal. A previsão é que a máquina pública pode colapsar em 2027 se nenhuma ação estruturante for tomada.

A situação atual reflete uma continuidade do aumento de arrecadação imediata e promessas de cortes futuros, mas sem ações efetivas. O Brasil está à deriva, semelhantes ao Titanic em seu naufrágio.

Dados comprovam que as despesas estão crescendo drasticamente: média de gastos cresceu 5% para o Governo Central e 26% para estados e municípios desde 2019.

Enquanto isso, o Congresso aumenta os fundos eleitoral e partidário e expande emendas parlamentares, que alcançam quase R$ 60 bilhões.

Poder Judiciário tem custo de 1,6% do PIB, superior à média de países emergentes. O Executivo tenta cortar renúncias, mas enfrenta resistência do Congresso.

A polêmica do IOF expõe um padrão de rejeição a cortes estruturais, com o Congresso afrouxando propostas e ampliando suas próprias despesas.

Apesar das dificuldades, começa uma conversa sobre cortes no orçamento. Contudo, dúvidas permanecem quanto às reais medidas implementadas.

Como consequência, investidores temem uma colisão iminente contra a realidade financeira do país.

As tensões continuam a crescer, com a bancada ruralista e a oposição se opondo à nova tributação. O caminho segue incerto enquanto o governo persiste na elevação de arrecadação sem abordar o problema dos gastos excessivos.

A pergunta persiste: quem está pilotando o navio?

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