As tarifas de Trump não deixam nenhum porto seguro para os importadores americanos
Jacob Rothman, empresário com experiência na China, enfrenta o impacto devastador de tarifas globais em seu negócio. Enquanto busca alternativas de produção, a instabilidade política e econômica ameaça suas operações em diversos países.
Jacob Rothman, de 52 anos, viveu a turbulência do comércio internacional após tarifar as importações da China durante os mandatos de Trump e Biden. Crescido na Califórnia, passou mais de 20 anos na China dirigindo a Velong Enterprises, focada em acessórios para grelhar.
Rothman estabeleceu diversas operações na Ásia, como joint ventures no Vietnã e Índia, e uma fábrica no Camboja, prevendo desafios comerciais. Contudo, um novo tsunami de tarifas afetou sua estratégia. "É apocalíptico", comentou Rothman.
Mesmo com a suspensão de tarifas na maioria dos países, Rothman permanece preocupado com a instabilidade no Sudeste Asiático. Tarifas sobre produtos do Vietnã e Camboja devem aumentar, resultando em dificuldades similares para Apple, Walmart, e outras multinacionais.
Atualmente, empresas enfrentam planejamento a longo prazo complicado, com um impacto econômico previsto de 1,5% na comercialização global. Rothman, mantendo contato com clientes, relata atrasos e uma previsão de queda de até 30% nos pedidos nos próximos seis meses.
Ele está avaliando a construção de fábricas nos EUA, mas enfrenta obstáculos com custos e políticas de imigração. A segurança econômica das fábricas é incerta no cenário atual, levantando dúvidas sobre a viabilidade de suas operações.
"Elegemos presidentes a cada quatro anos", enfatiza Rothman. "Fábricas levam tempo para recuperar custos; um futuro governo pode alterar o cenário", conclui.