As revelações do filme 'Conclave' sobre modo secreto como papas são eleitos
Conclave papal de 2024 inicia com 134 cardeais em busca de um novo líder para a Igreja Católica. O processo, cercado de mistério e politicagem, promete uma disputa intensa em meio a tradições centenárias.
Filme "Conclave" (2024) - Vencedor do Oscar de melhor roteiro adaptado.
Conta a história de uma eleição papal sem favoritos óbvios, dando um vislumbre do Vaticano e do processo secreto de escolha do novo líder da Igreja Católica.
No dia 7 de maio, 134 cardeais iniciam o conclave após a saúde do papa Francisco se deteriorar.
O conclave ocorrerá a portas fechadas na Capela Sistina, até que uma fumaça branca indique a escolha do novo papa.
O filme mostra os cardeais se isolando, sem comunicação com o exterior. Essa tradição visa evitar influências externas, embora o isolamento não seja total.
Segundo Stephen Bullivant, o isolamento é autoimposto e remonta a séculos.
A professora Anna Rowlands destaca a tensão do processo, onde os cardeais sentem uma "responsabilidade intensa".
A trama do filme inclui intensa política interna entre os cardeais, com manobras táticas e conflitos de interesses, conforme descrito por Nick Emerson.
Na vida real, a saúde debilitada do papa Francisco já gerou disputas antes do conclave. As reuniões prévias ao voto são onde o verdadeiro drama pode ocorrer.
Diferente do filme, um cardeal desconhecido não pode ser escolhido. Todos devem ter sido nomeados publicamente.
A eleição é imprevisível, com 80% dos votantes escolhidos por Francisco, refletindo diversidade e incerteza nas prioridades.
O diretor Edward Berger apresenta os cardeais como humanos com falhas, enfatizando a natureza morta, humana e vulnerável do conclave. "É uma coisa muito humana", conclui Rowlands.