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As imagens inéditas que revelam pavor e fome em dois anos de guerra no Sudão

Hafiza, uma jovem sudanesa, compartilha sua dor após a morte da mãe em um bombardeio na cidade sitiada de el-Fasher, enquanto ela tenta cuidar de seus irmãos em meio ao caos da guerra civil. Com os combates intensificando-se, el-Fasher enfrenta uma crise humanitária devastadora, deixando famílias desabrigadas e em perigo constante.

Hafiza, 21 anos, relata a morte da mãe durante a guerra civil no Sudão, que começou há dois anos. Ela se tornou responsável por seus irmãos, após a morte do pai antes do conflito. A cidade de el-Fasher está sitiada há um ano e sofre bombardeios constantes.

Em agosto de 2024, um projétil atingiu o mercado onde sua mãe estava. Hafiza, agora sozinha, distribui cobertores e alimentos para os desalojados, enquanto as Forças de Apoio Rápido (RSF) são acusadas de crimes de guerra.

Outro relato vem de Mostafa, 32 anos, que também enfrenta ataques. Ele perdeu sua casa e vive em um cenário de saques e bombardeios. A falta de água limpa agrava a crise humanitária.

Manahel, 26 anos, perdeu o pai durante os combates e agora vive em um abrigo. Todos passam por dificuldades extremas, e a ONU alerta para a fome na região.

Desde o cerco, a ONU registra quase 2 mil mortes em el-Fasher. As comunidades estão em risco constante, especialmente mulheres, que temem violência sexual. O conflito no Sudão é marcado por massacres e alegações de genocídio.

O governador de Darfur Ocidental minimiza as acusações contra as RSF, mas a realidade nas ruas conta outra história. A situação leva muitos, como Hafiza, Mostafa e Manahel, a abandonarem el-Fasher em busca de segurança.

Com a luta pelo controle da região, o cenário continua instável. "El-Fasher se tornou assustadora", diz Manahel, expressando a incerteza sobre o futuro e se poderão retornar um dia.

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