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As ameaças que podem implodir a COP30

COP30 enfrenta crise grave com preços abusivos de hospedagem em Belém, ameaçando a participação de países em desenvolvimento. O governo do Pará busca soluções, mas delegações internacionais pedem reconsideração do local do evento.

Faltam 100 dias para a COP30 em Belém, mas o evento enfrenta uma grave crise de logística e conteúdo. Os preços altos de hospedagem ameaçam a participação de países em desenvolvimento.

A situação está nas mãos da Casa Civil do governo do Pará, liderado por Helder Barbalho. A reputação de Belém e do Brasil está em jogo, com alguns apartamentos cobrando preços exorbitantes durante a conferência.

Três grupos de países já solicitaram que a COP30 não ocorra em Belém, alegando que os custos inviabilizam a presença de nações mais pobres. Esse pedido surgiu de uma reunião emergencial da UNFCCC. O governo brasileiro tem até o dia 11 para apresentar uma nova proposta.

O embaixador André Corrêa do Lago, presidente da COP30, destacou a crise em evento recente, afirmando que os hotéis não percebem o impacto da situação.

A legitimidade da COP30 está em risco, e a crise é uma ameaça ao multilateralismo climático. É essencial a presença de pelo menos um terço das partes para iniciar a conferência e dois terços para decisões.

Além disso, dois temas críticos estão fora da pauta:

  • Novos compromissos climáticos: Os países precisam apresentar suas contribuições nacionalmente determinadas (NDCs) até setembro, mas a discussão não ocorrerá na COP30.
  • Financiamentos climáticos: Um relatório sobre como alcançar US$ 300 bilhões anuais para países em desenvolvimento até 2035 estará disponível em outubro, mas não será discutido em novembro.

O governo do Pará afirma estar adotando medidas para oferecer hospedagem acessível, como construção de novos hotéis e contratos para navios de hospedagem flutuante. Contudo, a Procuradoria-Geral do Estado ressalta que as tarifas são regidas por normas de direito privado, impossibilitando intervenção direta.

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