Articulação por anistia do 8/1 tem dossiê, protestos, doação de salário e almoço com Bolsonaro
Movimentos e aliados da Asfav intensificam ações para pressionar por anistia aos presos do 8 de Janeiro. Enquanto isso, o STF julga casos emblemáticos que reacendem a discussão sobre violações dos direitos dos detidos.
BRASÍLIA – A luta pela anistia aos presos do 8 de Janeiro ganha força com militantes e familiares buscando manter a pauta em evidência.
A Associação dos Familiares e Vítimas do 8 de Janeiro (Asfav) está intensificando suas ações à medida que avança o julgamento no STF, especialmente após a condenação da cabeleireira Débora Rodrigues. Ela é acusada de crimes como associação criminosa armada e tornou-se símbolo da anistia.
No dia 10 de abril, advogados bolsonaristas planejam um almoço com Bolsonaro em Brasília, cobrando R$ 200 por ingresso, visando gerar repercussão sobre a denúncia de condições dos presos. Além disso, a Asfav apresentou um dossiê com 102 páginas denunciando abusos e violações de direitos dos bolsonaristas encarcerados.
A associação tem realizado visitas a diversas autoridades, denuncia irregularidades e busca apoio internacional. Até o momento, sua eficácia em mobilizar apoio popular tem sido limitada, embora esteja conquistando espaço com parlamentares bolsonaristas.
No próximo 6 de abril, uma manifestação na Avenida Paulista será realizada para pressionar pela anistia, testando o apoio popular à pauta, após uma manifestação anterior reunir apenas 18,3 mil pessoas.
Adicionalmente, a bancada bolsonarista tem se mobilizado na Câmara dos Deputados, promovendo coletivas e aprovando uma subcomissão especial sobre o 8 de Janeiro. O projeto de lei em questão, que pode beneficiar diretamente Bolsonaro, conta com o apoio de 194 deputados, suficiente para ser pautado.